136º DRUNH, SETERGU / A SEGUNDA SOMBRA

Pousei num descampado, despovoada extensão dum terreno mais ou menos plano sem nenhuma árvore. Desse lugar se avistava os largos e altos edifícios da cidade de Yurryczyarx. Tudo era demasiado claro, carregado de brilhantismos. Embora tivessem as presenças dos nove sóis liboririntáticos a temperatura não se mostrava absurdamente elevada.
Troort Nalog, parado na extremidade esquerda do espaço da superfície da paragem que ao meu sentir era amplamente cultivável, deu-me a impressão de estar de alguma forma preso ao chão. A parte superior do seu corpo se movia. A inferior, no entanto, mantinha-se estática. Seus pés se afundavam no solo. Aos poucos meus lentos passos me aproximaram do liboririntáqueo.
A certeza de jamais ter ido àquele lugar não escapava da mente. Não entendia por que Troort Nalog ao me receber me chamara de "sumido". Certo de que era a minha primeira vez em Yurryczyarx eu reamanhecido doravante não tinha recordações daquela cidade. Nem me lembrava dum liboririntáqueo enraizado, capturado pelo chão.
Olhei para trás. Constatei a realidade da pousada nave IMTAGONX. Ao vê-la assente senti satisfação de dever cumprido. A viagem solitária a Yurryczyarx transcorrera maravilhosa, rápida, objetiva. Meu rosto se encontrou com o rosto de Troort Nalog. Nesse ato de encontrar experimentei sensibilizações que me fizeram acreditar que aqueles lugar e liboririntáqueo eram disseminadores duma energia fortificante que beirava a eletricidade.
Meus contínuos passos foram se distanciando do rosto de Troort Nalog, levando-me cada vez mais para o interior de Yurryczyarx. Sem poder me acompanhar - assim eu acreditava - o lde sesil tmo rulyrdnil com certeza me observava prosseguir no meu destino liboririntático. Tais observações o tirariam do sepulcro. Saberiam os olhares atentos onde colocá-lo?
Troort Nalog e a nave IMTAGONX não ficaram para trás. Passaram a não me causar estranhezas o fato de a nave, o liboririntáqueo e o descampado me seguirem como se juntos formassem a minha segunda sombra. Porém tudo era silêncio profundo e sede que o coração sabia existir, que o pensamento estava convencido terem fim.
De repente o meu organismo reagiu a todo aquele silêncio. Deu-me vontade de ir ao habateni. De repente também um habateni surgiu. Ao lado da porta de entrada tudo o que eu senti não era solidão.
- Sumido duoef, muito tempo faz que o amigo não vem a Yurryczyarx. Recorda-se de  mim? Os sóis da Esfera Brilhante continuam os sóis da Esfera Brilhante. O duoef lembra ou não se lembra de mim?
- Claro. Agora me lembro de você Troort Nalog!
Apressado entrei no habateni. No mesmo sentimento da solidão meu sentimento queria acabar com a solidão. Quando saí de dentro do habateni não vi a nave IMTAGONX. Os meus pés não estavam mais no descampado. Meus passos atingiram a rua. A cidade de Yurryczyarx ardia. Ao longe que nada demorou e se tornou perto me encontrei com o passar dum cortejo fúnebre. Misturando-me aos liboririntáqueos que choravam a perda do ente querido segui o cortejo. Uma liboririntáquea usando véu me chamou a atenção. Meus olhares esforçaram-se para encontrar o rosto da seguidora. Antes que eu pudesse vislumbrar o semblante da liboririntáquea um animal semelhante ao elefante sob os sóis atravessou a rua juntando-se aos participantes do hetrozst. Ao ver o animal a liboririntáquea retirou o véu. Jogou-o ao chão. Ela não possuía semblante. Meus passos se paralisaram. O animal a recebeu com íntima amizade. Com rugidos e bramidos destruiu o silêncio e feito magia o rosto da liboririntáquea se materializou num ressurgir espetacular.
Novamente o meu organismo reagiu. Deu-me vontade de ir ao habateni. Um outro habateni apareceu. Ao lado da porta de entrada nada do que eu sentia era solidão.
- Duoef, recorda-se de mim?
- Vagamente... eu creio.
Dentro do habateni deparei-me com dois frascos de xoalc, dois tubos de Infinisoim e um bastão de tombmo. Momento encontrado compreendi que por mais impossível, adoidado e ultrapassador dos limites ordinários que fosse o planeta Liboririm eu agora morava em Yurryczyarx, que a minha casa era dotada de dois habatenis e se chamava IMTAGONX. Compreendi com efeito que a cidade eternamente ensolarada que me acolhera era a ponte que conduziria de volta ao planeta Terra. O lde sesil tmo rulyrdnil passou relampejante na minha lembrança. Dos ossos ele virou ar.
PEXEN KRATON, O ISTIKUNAS LAGTA
Fora do habateni me senti disposto e entusiasmado a explorar as vivas ruas e Yurryczyarx.
- Semi-bronzeado duoef, a vida é fortidão. A perene claridade da Esfera Brilhante é pura luz. Novos e últimos drunhs para o duoef valerão para todos nós liboririntáqueos. Sei que procurais sede. Sou Pexen Kraton, o istikunas lagta.